Para Ricardo Chimirri Candia, engenheiro há 40 anos, a sustentabilidade na engenharia moderna deixou de ser um diferencial competitivo e passou a ser uma exigência para empresas e profissionais que desejam se manter relevantes. Incorporar estratégias ESG (ambientais, sociais e de governança) em obras, projetos e operações técnicas é fundamental para reduzir impactos negativos, otimizar recursos e criar valor de longo prazo. Essa abordagem integrada é hoje um dos principais critérios de avaliação em licitações.
Ao adotar práticas sustentáveis, a engenharia não apenas cumpre exigências legais e regulatórias, mas também contribui para a preservação ambiental, o bem-estar social e a credibilidade corporativa. Saiba mais sobre o caso a seguir:
Sustentabilidade na engenharia moderna e sua relação com o ESG
A aplicação das diretrizes ESG na engenharia envolve muito mais do que ações pontuais. De acordo com o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, é necessário incorporar esses princípios desde a concepção do projeto, garantindo que cada etapa, desde a escolha dos materiais até a operação final, esteja alinhada a metas ambientais e sociais claras. Isso inclui a avaliação do ciclo de vida das construções e a medição de indicadores de impacto.
No pilar ambiental, destacam-se medidas como eficiência energética, redução de resíduos e uso de insumos de baixo impacto. Já no aspecto social, é essencial priorizar a segurança do trabalho, a valorização da mão de obra local e o respeito às comunidades afetadas pelas obras. Por fim, a governança sólida garante transparência, compliance e responsabilidade na gestão dos recursos e na tomada de decisões.
Estratégias práticas para obras e projetos sustentáveis
A sustentabilidade na engenharia moderna também se concretiza por meio de práticas técnicas eficientes. Conforme apresenta Ricardo Chimirri Candia, o uso de tecnologias como o BIM (Building Information Modeling) possibilita simulações que reduzem desperdícios e otimizam o consumo de energia e água. A adoção de materiais reciclados e soluções construtivas modulares também diminui o impacto ambiental e aumenta a eficiência operacional.
Nesse sentido, outro ponto relevante é o gerenciamento adequado de resíduos, com implantação de sistemas de coleta seletiva e reaproveitamento de materiais diretamente nos canteiros de obras. Além disso, a escolha de fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis fortalece a cadeia produtiva e garante a conformidade com padrões internacionais de sustentabilidade, tornando o projeto mais competitivo e atrativo para investidores.
Sustentabilidade nas operações e manutenção de longo prazo
A aplicação da sustentabilidade na engenharia moderna não se encerra com a entrega da obra. Como frisa Ricardo Chimirri Candia, a fase de operação e manutenção é igualmente crucial para assegurar que os benefícios ambientais e sociais se mantenham ao longo do tempo. Sistemas inteligentes de monitoramento de consumo, manutenção preventiva e atualização tecnológica contínua são práticas que garantem eficiência duradoura.
Ademais, investir em capacitação de equipes operacionais e na conscientização dos usuários sobre o uso responsável das instalações também é parte essencial dessa estratégia. Além disso, a análise periódica de desempenho permite identificar oportunidades de melhoria e antecipar problemas, evitando custos excessivos e prolongando a vida útil das estruturas. Essa visão de ciclo completo reforça o compromisso com a sustentabilidade em todas as fases do projeto.
Em síntese, a sustentabilidade na engenharia moderna é, cada vez mais, um requisito estratégico para o sucesso empresarial e para a preservação do planeta. Segundo Ricardo Chimirri Candia, adotar estratégias ESG de forma estruturada em obras, projetos e operações não é apenas uma questão de imagem, mas uma necessidade para manter a competitividade e cumprir com as responsabilidades sociais e ambientais. Dessa forma, o setor se posiciona como protagonista nas soluções para as demandas globais.
Autor: Stanislav Zaitsev