Desaprovação ao governo Lula vai a 56% da população diz pesquisa

Stanislav Zaitsev
By Stanislav Zaitsev

A avaliação negativa do atual governo federal segue em trajetória de crescimento, com um percentual expressivo da população manifestando insatisfação. Em 2025, essa tendência se intensificou, coincidindo com escândalos recentes que abalaram a confiança pública. O aumento da desaprovação reflete um contexto de desgaste político acumulado, alimentado por promessas não cumpridas, dificuldades econômicas persistentes e escândalos envolvendo órgãos federais. A percepção negativa se espalha por diferentes regiões e classes sociais, indicando um desgaste generalizado e duradouro.

O sentimento de desconfiança ganhou força nos últimos meses, impulsionado por denúncias relacionadas ao sistema previdenciário nacional. As fraudes reveladas em processos do INSS atingiram em cheio a imagem de competência e transparência que o governo vinha tentando construir. Em vez de respostas imediatas e contundentes, o que se viu foi uma comunicação falha, marcada por justificativas evasivas. Esse cenário contribuiu para o aumento da rejeição, já que boa parte da população entende que faltou agilidade e responsabilidade na contenção dos danos.

Além dos impactos diretos causados pelas irregularidades, o momento é de forte pressão social. A instabilidade econômica, que vem afetando diretamente o bolso da população, acentua a sensação de abandono. Desemprego, inflação persistente e estagnação dos investimentos públicos em áreas essenciais são fatores que alimentam a crítica à atual administração. Mesmo entre eleitores que antes apoiavam as ações do governo, cresce a frustração com a falta de resultados práticos e mudanças estruturais.

As redes sociais se tornaram um termômetro preciso para medir o descontentamento. Com a polarização ainda presente no debate público, aumentam as manifestações de repúdio e cobrança por parte da população conectada. A desaprovação vem ganhando destaque em plataformas digitais, influenciando também o comportamento de indecisos e moderados. A comunicação institucional tem falhado em conter a crise de imagem, o que torna o ambiente digital um campo de batalha onde críticas superam os elogios com frequência.

A base política do governo no Congresso também sente os efeitos desse desgaste. Parlamentares que antes mantinham uma postura de aliança já começam a revisar seus posicionamentos diante da pressão de suas bases eleitorais. O enfraquecimento do apoio legislativo compromete a tramitação de projetos prioritários para o Executivo e aumenta o risco de paralisações administrativas. Esse distanciamento entre governo e parlamento é mais um elemento que contribui para a leitura de um cenário político fragilizado.

No plano internacional, a imagem do país também é afetada. A instabilidade interna e as denúncias de má gestão repercutem negativamente em acordos comerciais, relações diplomáticas e na confiança de investidores estrangeiros. As políticas públicas, que deveriam trazer estabilidade e crescimento, acabam sendo ofuscadas por escândalos e má condução. Essa percepção externa tem impactos concretos na economia nacional, reduzindo perspectivas de entrada de capital e dificultando a retomada de setores estratégicos.

O desgaste da popularidade tende a influenciar as estratégias para as próximas eleições. A perda de apoio em segmentos importantes do eleitorado, como os jovens, trabalhadores urbanos e empreendedores, obriga o governo a repensar sua agenda. No entanto, a tentativa de reposicionamento enfrenta resistência tanto dentro quanto fora da própria base aliada. A reconstrução da confiança exige mais do que discursos ou campanhas publicitárias; requer mudanças reais na condução do governo e resposta eficaz aos problemas mais urgentes.

O aumento da insatisfação popular em 2025 simboliza mais do que um momento de crise pontual. Representa uma quebra de expectativas em relação a promessas feitas no início da gestão e uma cobrança crescente por transparência, competência e resultado. A recuperação da imagem política dependerá de ações práticas, capacidade de diálogo e enfrentamento direto das falhas administrativas. Sem isso, o cenário continuará sendo de aumento de rejeição, instabilidade e distanciamento entre governo e sociedade.

Autor : Stanislav Zaitsev

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